quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Mulher Que Anda Na Rua

Resposta ao Soneto Á Lua de Vinícios de Morais

Eu declamei essa poesia hoje.
No final eu disse:
-Só não gostei de: Vagabunda, patética e indefesa.
Instinto feminino, ou seria feminista?
Não importa...
Não era a mulher que anda na rua...
Não era uma mulher branca ou pequenina...
E quem era essa adorável Vagabunda, Patética e Indefesa?
Quem?
Quem poeta?
A quem meus lábios defenderam ou ultrajaram?
-A Lua, mulher!
-A Lua!
-A tão famosa e tão brilhante Lua!
A Lua que, tão de todos se tornou Vagabunda...
Que de tão fiel, tão leal e de uma só cara, se tornou Patética...
De tão desejada, tão cobiçada e tão falada,
Se torna Indefesa diante das imagens
Que se traduzem em letras
Que formam as palavras.
Que alimentam as mentes vagantes
De Filósofos,
De Amantes
e de Poetas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário